sexta-feira, 2 de maio de 2014

Frutos das inconstâncias da vida...


Todos nós temos certezas sobre algo, sobre algumas coisas e alguns têm certezas sobre tudo, sabemos bem o que queremos e o que não queremos.
O que temos coragem de realizar e o que nunca faríamos (por preço nenhum).
Temos a nossa opinião formada e os nossos pré-conceitos. Sabemos bem o que somos como somos e como seremos. Humanos e os únicos seres capazes de dizer no final de uma afirmação: “com toda a certeza absoluta”.

Só que a vida nos fez esquecer que somos resultado do ‘aqui agora’, do momento e das ocasiões em que estamos inseridos. Nada é eterno, nem as nossas certezas, nem as nossas maiores convicções, nem as nossas opiniões, e se pararmos para pensarmos bem, até o famoso “princípios” que cada pessoa traz consigo é volúvel e mutável diante de determinadas situações.

Quem te viu quem te vê.

Somos seres evolutivos e adaptáveis, não só fisicamente e mentalmente, mas ‘comportavelmente’ também, no sentido de que os nosso comportamento depende muito mais do estágio em que estamos vivendo, a cultura e o meio inserido, as condições e percepções naquela situação do que fatores históricos sobre nós mesmos. Costumo dizer que nós, seres humanos não “somos” nós “estamos”. Porque ‘ser’ algo, nos limita a ter comportamentos específicos, quando na verdade somos por determinados períodos determinados perfis de pessoa e atitudes, de certezas e opiniões, de certezas e duvidas. Mas isso muda ao longo do tempo, ao passo que a vida vai andando, aos estágios que somos obrigados a viver.

Temos a oportunidade de ir alterando o que não faz sentido, adquirindo conhecimento e experiência para vermos que nos apegamos a raciocínios padronizados, estereotipados e muitas vezes errados. O que um dia foi bom, hoje não faz mais sentido.

E ainda bem que somos uma metamorfose ambulante como diria Raul Seixas, que vamos mudamos dentro desse intervalo de vida que conhecemos como ‘principio, meio e fim’. Seres estáticos são limitados. 

Evolução e adaptação é palavra de ordem, embora reacionários existam em todos os aspectos sociais, não sendo exclusivismo da política e do Estado.

Nada é eterno, nossas ações são respostas das situações e contingências. Não somos uma contradição, somos uma evolução ou retrocesso.

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