Todos nós temos certezas sobre algo, sobre algumas coisas e
alguns têm certezas sobre tudo, sabemos bem o que queremos e o que não
queremos.
O que temos coragem de realizar e o que nunca faríamos (por
preço nenhum).
Temos a nossa opinião formada e os nossos pré-conceitos.
Sabemos bem o que somos como somos e como seremos. Humanos e os únicos seres capazes
de dizer no final de uma afirmação: “com toda a certeza absoluta”.
Só que a vida nos fez esquecer que somos resultado do ‘aqui
agora’, do momento e das ocasiões em que estamos inseridos. Nada é eterno, nem
as nossas certezas, nem as nossas maiores convicções, nem as nossas opiniões, e
se pararmos para pensarmos bem, até o famoso “princípios” que cada pessoa traz
consigo é volúvel e mutável diante de determinadas situações.
Quem te viu quem te vê.
Somos seres evolutivos e adaptáveis, não só fisicamente e
mentalmente, mas ‘comportavelmente’ também,
no sentido de que os nosso comportamento depende muito mais do estágio em que
estamos vivendo, a cultura e o meio inserido, as condições e percepções naquela
situação do que fatores históricos sobre nós mesmos. Costumo dizer que nós,
seres humanos não “somos” nós “estamos”. Porque ‘ser’ algo, nos limita a ter
comportamentos específicos, quando na verdade somos por determinados períodos
determinados perfis de pessoa e atitudes, de certezas e opiniões, de certezas e
duvidas. Mas isso muda ao longo do tempo, ao passo que a vida vai andando, aos
estágios que somos obrigados a viver.
Temos a oportunidade de ir alterando o que não faz sentido,
adquirindo conhecimento e experiência para vermos que nos apegamos a raciocínios
padronizados, estereotipados e muitas vezes errados. O que um dia foi bom, hoje
não faz mais sentido.
E ainda bem que somos uma metamorfose ambulante como diria Raul
Seixas, que vamos mudamos dentro desse intervalo de vida que conhecemos como ‘principio,
meio e fim’. Seres estáticos são limitados.
Evolução e adaptação é palavra de
ordem, embora reacionários existam em todos os aspectos sociais, não sendo exclusivismo
da política e do Estado.
Nada é eterno, nossas ações são respostas das situações e
contingências. Não somos uma contradição, somos uma evolução ou retrocesso.
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