quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Que tal um reencontro?



   Às vezes tudo que precisamos para ficar bem com nós mesmos é de um pouco mais de tempo e de dedicação direcionadas para as nossas vidas, só assim podemos nos reencontrar.
  
  É engraçado como aquele clichê “primeiro ame você mesmo e depois os outros” faz todo o sentido. Pra ser feliz num relacionamento você deve aprender a ser feliz sozinho. Quem não se sente bem sozinho não é capaz de viver plenamente bem ao lado de uma pessoa, porque entre outros motivos, o medo da solidão vai fazer com que você tenha atitudes erradas perante o relacionamento e isso naturalmente faz com que o relacionamento não seja bom ou tão bom assim.

  Mas o que é esse ‘se amar primeiro e ser feliz sozinho’?

  É clichezento sim, mas é aprender a gostar da sua companhia, é ela por si bastar pra te fazer companhia. Ir ao shopping, assistir um filme no cinema, sair pra andar ou pra comer: é realizar tarefas que podem ou não ser realizadas com uma companhia e que mesmo sozinho você se sinta bem e satisfeito em realiza-las.

  É não depender dos outros acima de tudo.

  Mas não confunda realizar as coisas sozinho com ser uma pessoa solitária e que vive na solidão. Ser feliz sozinho é poder optar por ter amigos envolvidos (e às vezes tê-los envolvidos) e, no entanto se sentir bem em não tê-los envolvidos porque você não depender de companhia pra se sentir completo e satisfeito.

  É deixar de lado aquela sensação de insatisfação em não ter alguém todo tempo ao seu lado. É literalmente perder o medo de estar sozinho. O pensamento de que: ’só me sinto completo ao lado de um amor’ substituído por ‘amo a mim mesmo e outra pessoa ajuda na soma desse amor, não completa, agrega’, porque mesmo sozinho você já é uma pessoa completa e consegue fazer tudo aquilo que faria acompanhado, então que um parceiro soma nesse amor que já existe, e não que seja necessário completar. 
  
  Só se completa algo que está faltando, mas se já estiver completo o outro só agrega. E isso é fundamental pra se sentir feliz (acompanhado ou não).

  E você realmente consegue, experimente, não fique só na imaginação. Pessoas que dependem muito de estar num relacionamento pra se sentir felizes tem um parcela de chance muito maior de viverem tristes do que aqueles que aprenderam a amar a si mesmo,  apreciar a própria companhia.

  Mas não sejamos hipócritas, é claro que para a satisfação de algumas necessidades é necessário outra pessoa, mas essas necessidades têm que ser postas em segundo plano, não ficar imaginando que é vital para a sua vida. Sim, essas necessidades devem ser supridas, mas não deve povoar a sua mente com preocupações, e devem ser supridas conforme a disponibilidade e não deve ser tratada como prioridade. Não force a barra, tenha calma.

  Para tantas outras ocasiões você pode contar com um amigo ou uma amiga, com muitas outras pessoas que não necessariamente um “amor” (no sentindo de alguém que você se relacione seriamente).

  Eu não estou pedindo pra você ser uma pessoa sozinha, sem amigos, com o ego inflado achando que você por você mesmo basta pra tudo e para sempre, estou tentando apenas explicar que às vezes pra ver quem realmente você é,  será necessário permanecer só por um tempo, não por toda vida, só por um tempo e que nesse tempo o ‘sozinho’ possa ser a sua companhia agradável e não um pesadelo atormentador.

  Vejamos, é difícil saber quem você é se você não permite se conhecer e se amar, e é muito mais difícil se reencontrar se entre você e você mesmo sempre tem outra pessoa.

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