30/10/2014
Foi num dia como hoje só que lá em 2012, há exatos dois anos
atrás, nem faz muito tempo, mas é tempo suficiente pra eu me alegrar do que
aconteceu. Fazem dois anos...
Dois anos que despejo minhas mazelas e alegrias num cantinho
escondido da internet, onde poucas pessoas que têm vontade de sobra de pensar,
refletir e criticar vêm me ver de vez em quando. Há dois anos...
Há dois anos eu me desnudo em pensamentos e reflexões que
poderiam simplesmente ficar na minha cabeça (sem delegar minha personalidade ou
me expor ao mundo), como fazem a maioria das pessoas sensatas. Mas eu, eu corro
o risco de ser tachado, rotulado e incompreendido. Ser chamado de chato,
idiota e metido. Mesmo assim eu publico o que penso e só sobre o que penso...
já parou pra pensar que sensato eu não sou, porque afinal de contas pra que dizer o que
se pensa se isso pode te levar ao prejuízo?
Mas faz dois anos que eu penso muito mais sobre a vida,
sobre cada acontecimento, sobre cada aborrecimento, sobre pessoas e suas personalidades,
sobre o convívio em sociedade e sobre o que significa ser humano.
Tenho nesse tempo todo tentando descobrir quem dita às
regras, o que diz a ética, onde vive a moral, de onde nasce os bons costumes e de
onde vêm os bons cidadãos?
Não há conclusões eternas, tudo muda o tempo todo e tenho
certeza que se eu revisasse cada um dos meus 62 textos publicados aqui, muitas coisas mudariam,
algumas coisas me surpreenderiam, outras eu aprimoraria e outras seriam exatamente iguais. Normal. Nesses
dois anos aprendi que as pessoas não “são” e que na verdade “estão”. Um processo que eu chamo de resultado de cominações presentes. Espero um dia conseguir fazer com que me entendam
e o que isso significa. É bem complicado.
Então não há conclusões eternas, mas hoje cheguei à conclusão que:
A cultura é quem dita à regra, e ela quem diz o que é
ético e determina o que é a moral, é da cultura que nasce os bons costumes e de onde vêm os bons
cidadãos. A cultura é tudo que se tem na sociedade. A cultura é o próprio mundo
daqueles que a vive.
Se tivermos do que reclamar, temos que reclamar da nossa
cultura, mas e quem faz a cultura senão seu próprio povo, senão quem a vive,
então deveríamos reclamar de nos mesmos, da sociedade e do que ela determinou nesse processo cultural.
E é só por isso que há dois anos eu venho escrevendo, me
expondo, me desnudando. Se somos nós quem fazemos a cultura e determinamos o
certo e o errado, o aceitável e o inaceitável, o admissível e o cruel, para que
isso seja feito de forma humana e coerente devemos sempre refletir sobre.
Refletir e pensar sobre cada atitude, cada acontecimento, cada julgamento e determinação, independente se nesse processo esteja envolvido atitudes individuais
ou coletiva. Refletir sempre para que não seguirmos cometendo erros,
reproduzindo comportamentos arcaicos e que não contribuem para uma melhora
continua da sociedade.
A sociedade (ao menos a sua maioria) deixou de refletir,
ativou o modo automático e vem vivendo de acordo com a conveniência e seguindo
os velhos paradoxos e paradigmas. Os velhos costumes.
A evolução deu lugar à
estagnação (do pensamento), e é contra ela que eu escrevo.
E nesse processo de melhoria e de reflexão você não precisa concorda ou me parabenizar pelo
o que eu escrevo. Mas reflita e pensa sobre o que eu escrevo. Sempre reflita.
E aqui no blog tem 62 textos pra você refletir e 63 motivos
pra eu comemorar.
Parabéns pra quem pensa e vida longa ao blog.
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